quarta-feira, 9 de junho de 2010

PIB bomba a 9%.a.a. Investimento também tem alta significativa. PIG faz terrorismo.





As notícias economicas são deslumbrantes. O Brasil nunca viveu um momento como esse em regime democrático. A diferença das condições econômicas do Brasil de Lula e de FHC são gritantes. Número de empregos, taxa de juros, taxa de investimentos, investimentos em infra-estrutura, redução das desigualdades e da pobreza. Todos os números mostram com clareza o sucesso das políticas sociais, da política economica e industrial do Governo Lula. Obviamente, temos muito ainda a melhorar. Mas melhorar com quem fez direito, e não com quem já quebrou o país e gerou milhões de desempregados antes.

O papelão do PiG. Ano passado, quando a economia crescia a 6% no quarto trimestre, os SaDEMbergs e Leitões da vida se alarmavam dizendo que a taxa de investimento não crescia e que isso iria segurar o crescimento do PIB. Esses debilóides parecem que não fizeram sequer o segundo ano do curso de economia, pois se tivessem feito, deveriam saber que num contexto pós crise a economia pode a crescer pela utilização da capacidade já instalada, que está sub-utilizada, sem precisar de um aumento na taxa de investimentos.

Agora a taxa de investimentos voltou a crescer. O PiG, passa a enfatizar em suas manchetes que a infra-estrtura será o grande problema. Não resta dúvidas de que isso será ao menos parcialmente verdadeiro. Mas o PiG não enfatiza quantos brasileiros estão arrumando emprego, quantos estão saindo da miséria. Enfatiza que no futuro a infra-estrutura poderá travar o crescimento.

Algumas coisas que precisam ficar claras. Embora tal raciocínio tenha lógica. Países com infra-estrutura muito mais precárias do que a Brasileira, como a Índia, o Irã ou Angola, crescem a taxas muito superiores do que o Brasil a décadas. A China também fez isso no passado recente. A relação da melhoria da infra-estrutura com o crescimento economico é de mão dupla. Um maior crescimento das atividades industriais e do consumo também fazem com que haja mais dinheiro para investir em infra-estrutura. As análises do PiG simplesmente ignoram isso.

Em segundo lugar, se hoje a infra-estrutura no Brasil não é das melhores, é porque ela foi negligenciada durante os 8 anos do governo FHC/Serra. A única coisa que eles fizeram foi privatizar tudo. E nem isso eles fizeram direito. Outros países obtiveram sucesso também com privatizações. Mas a turma de FHC/Serra fizeram tudo a toque de caixa, sem regulamentar, jogando a própria fiscalização nas mãos das empresas beneficiadas. FHC/Serra venderam e vilipendiaram o Brasil. Lula e Dilma estão reconstruindo-o. Com Lula e Dilma o investimento em infra-estrutura cresce cada vez mais.

Segue abaixo a notícia do Valor Economico.

Com forte participação da demanda doméstica - formada pelo consumo das famílias, do governo, investimentos e variação de estoques - o Produto Interno Bruto do primeiro trimestre cresceu 2,7% em relação ao período anterior e 9% frente ao resultado do primeiro trimestre de 2009. A contrapartida desse crescimento foi o aumento significativo das importações, que "subtraiu" 2,8 pontos percentuais da expansão do PIB.

Com esse resultado, mesmo que a economia não cresça entre o segundo e o quarto trimestre, já está assegurada uma alta de 6% do PIB no ano. Se a taxa de crescimento cair dos 2,7% registrados até março para uma média de 1% nos três trimestres restantes, o crescimento chegará a 7,6%.

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2010 confirmou o forte ritmo de crescimento da economia brasileira. Na série com ajuste sazonal, o PIB cresceu 2,7% sobre o trimestre anterior, o equivalente a 11,2% em termos anualizados. Na comparação com o primeiro trimestre de 2009, a alta foi de 9%, a maior da série histórica iniciada em 1995. Se fosse apenas pela demanda interna, o resultado teria sido ainda maior e chegaria a 11,8%. Isso não ocorreu porque uma parcela do consumo e do investimento foi atendida por importações, o que fez o setor externo "tirar" 2,8 pontos percentuais do PIB brasileiro.

As compras externas de bens e serviços subiram 39,5% sobre janeiro a março de 2009, percentual muito superior aos 14,5% das exportações. Essa explosão de importações foi a contrapartida da crescente demanda doméstica (consumo das famílias e do governo, investimento em máquinas e equipamentos e na construção e variação de estoques), diz o economista-chefe da corretora Convenção, Fernando Montero. Para comparar, em 2009 o setor externo colaborou positivamente com 0,1 ponto para o PIB, que caiu 0,2%.

Para Bernardo Wjuniski, economista da Tendências Consultoria, a distância entre o aumento da demanda interna e a expansão do PIB deve diminuir ao longo do ano, como efeito da maturação dos investimentos realizados desde o ano passado. O economista estima que o PIB passará por expansão de 6,6%, enquanto a absorção interna da economia no ano será de 7,4%.

Um ponto importante do resultado das contas nacionais foi o avanço acentuado da taxa do investimento como proporção do PIB, que atingiu 18% no primeiro trimestre, como nota o economista-chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho. É um número bastante superior aos 17,1% do PIB do trimestre anterior e dos 16,3% do mesmo trimestre de 2009. "O dado é bastante positivo, embora não tenha sido suficiente para interromper o crescimento da utilização da capacidade instalada da indústria", diz.

Velho aposta na continuidade da expansão firme da formação bruta de capital fixo (FBCF, medida do que se investe na construção civil em máquina equipamentos) nos próximos trimestres, porque a confiança dos empresários segue elevada, dada a expectativa favorável sobre a demanda futura. A LCA Consultores destaca o fato de o investimento ter voltado ao nível pré-crise. "No período janeiro-março, a FBCF ficou 0,4% acima da observada em julho-setembro de 2008."

Responsável por 60% do PIB, o consumo das famílias cresceu no primeiro trimestre 1,5% sobre o anterior, uma desaceleração em relação ao ritmo dos três trimestres anteriores. "Isso foi até certo ponto surpreendente, levando em conta o bom desempenho do crédito ao consumo e da massa salarial nos primeiros três meses do ano", diz o analista Antonio Madeira, da MCM Consultores. A forte base de comparação ajuda a explicar esse movimento, pois o consumo avança desde o segundo trimestre de 2009 a um ritmo forte.

Para Aurélio Bicalho, economista do Itaú Unibanco, o consumo das famílias deve continuar a perder força, enquanto os investimentos permanecem em níveis elevados. "São fatores transitórios que influenciaram o PIB forte no primeiro trimestre e, agora que eles saíram, vão provocar uma desaceleração considerável na leitura do segundo trimestre, que já está em curso, como os dados de produção industrial e comércio varejista mostram."

Diante da forte expansão dos investimentos - 26% maiores no primeiro trimestre de 2010 sobre igual período do ano passado - o economista-chefe do Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, avalia que um novo ciclo de crescimento foi inaugurado na economia brasileira. "Tivemos o crescimento puxado pelo consumo, como no Plano Cruzado, nos anos 80, e o crescimento sustentado pelas exportações, como ocorreu nos primeiros anos do governo Lula", diz ele, para quem o crescimento agora é impulsionado pelos investimentos. "É um investimento que ocorre em todos os setores, demandando máquinas e equipamentos e também mão de obra."

Nos primeiros três meses do ano, a atividade registrou também grande recomposição de estoques. Pelas contas da LCA, a variação de estoques respondeu por 1,7 ponto percentual da alta de 2,7% registrada pelo PIB no primeiro trimestre. Para Madeira, essa formação de estoques, que ajudou o crescimento no primeiro trimestre, pode levar a uma moderação da atividade industrial nos trimestres seguintes.

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