quinta-feira, 14 de maio de 2009

Para quem acreditou no Obama II


Coisas da Política - Da tortura e suas imagens

Mauro Santayana

O presidente Obama recomendou aos seus assessores jurídicos que impeçam a divulgação de fotos de torturas, tomadas nas dependências das Forças Armadas, depois que o Pentágono a havia autorizado. Segundo a imprensa, a Casa Branca teme que a publicação faça aumentar o sentimento contra os Estados Unidos no mundo. É muito difícil que as fotos, por mais horripilantes sejam, possam espantar mais do que a proibição, exatamente por iniciativa de Obama, que nos trouxera a boa-nova da justiça. Trata-se de uma bofetada nos olhos de cada um de nós, que esperávamos outro tempo, em Washington e no mundo. Como costuma ocorrer na História, o presidente começa a assumir a face de seu predecessor.

É provável que ele não consiga impedir a divulgação, uma vez que os tribunais, a pedido da União Americana pelas Liberdades Civis, determinaram ao Pentágono a entrega das imagens à imprensa. Acredita o presidente que, ao conhecer as sempre invocadas razões de segurança nacional, os juízes reconsiderem a decisão. Ao mesmo tempo, o governo informa que já puniu os que praticaram tortura. Os grandes responsáveis foram os que autorizaram os atos nefandos: o presidente Bush e seu grupo texano, e os oficiais que transmitiram a ordem para os procedimentos ilegais. Eles, por enquanto, estão a salvo.

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Para quem acreditou no Obama

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